07/04/2013

Como peixe fora de água

Tenho que fazer uma pausa nos meus médicos, senão ainda paro no psiquiatra e esse quero-o longe, por uma questão de superstição.

É que hoje fui nadar. Que para manter isto tudo com ar de menos 10 (sou tão modesta. Menos 15, pronto), há que dar qualquer coisa em troca. Nadar é bom, faz bem a tudo. O que não faz bem a nada e ainda esfola o ego é aquela porra daqueles fatos-de-banho que as piscinas exigem que uma pessoa leve. Eu tenho uma imagem a defender. Eu vou para aquele ginásio linda, leve e loira (só o primeiro L, na verdade) mas, quando se trata da piscina, metade do tempo passo-o a fazer uma reza qualquer para que ninguém conhecido me veja. O que inclui os PTs todos do ginásio, praticamente todos apaixonados por mim, que é um desassossego. O meu PT em particular, que é latagão para quase 2 metros de altura - o que, só em milímetros, dá uns 2000 - diz-me amiúde, quando me encontra "Linda. Estás linda!". Maluco.

A indumentária da piscina é que me lixa, por mais que goste de lá ir. Está por inventar o fato-de-banho (só o nome...) que não faça de mim uma garrafa, daquelas todas a direito, no boobs. Incrível a forma como aquilo me mastectomiza em segundos. E me saem carnes pelas alças que eu não possuo. E o quão rigorosa tem que ser a depilação das virilhas, apesar de as cavas daquilo serem tão pouco cavadas. Não se aproveita nada de mim com o escafandro corta-tesão que aquilo é. No fim, cereja no topo do bolo, a puta da touca. Eu até posso ter uma caixa craniana linda - que tenho - mas não há modo de não parecer um teletubbie, mas sem antena. Ah, e não tão fofis. Já a pessoa está suficientemente enxovalhada a ver-se ao espelho do balneário, ainda tem que ir de chinelos, parece que para evitar fungos e unhas quebradiças à cause. Façam-me lá o favor, inventem uma fatiota que me devolva as curvonas ou deixem-me levar os meus super-biquinis para a banheira. E fora com a puta!

Sem comentários:

Enviar um comentário