Basta andar umas centenas de metros e, logo ao lado do meu bairro, existe um outro bairro — social — em que as passadeiras, especialmente junto das escolas, são elevadas. Isto serve para evitar que as pessoas sejam atropeladas. Ah.
Há também bairros, mais ou menos periféricos, onde as passadeiras são quase tão elevadas quanto os passeios, as ciclovias estão correctamente cuidadas, há aparelhos de ginástica e espaços verdes a perder de vista. São ainda sobredotados de pavilhões gimnodesportivos, que servem a comunidade escolar, campos de futebol imaculadamente relvados, passeios sem falhas no empedrado, nem cocó de cão paralelo-sim-paralelo-não,
[não têm cães? Apanham os cocós? Mas todos? Há alguma coisa que me escape em relação à cultura de apanhar merdum do chão?]
dizia eu, estradas devidamente alcatroadas, isto é, não abrem valas até ao centro da Terra quando chove, não "sofrem" com o desgaste dos pesados, as rachaduras do calor, a elevação das raízes das árvores, e por tudo e mais alguma coisa (tudo, menos a péssima construção ou o uso de materiais de má qualidade). E os espaços verdes lembram a Casa na Pradaria. [Não sei quanto ao cocó, Laura Ingalls jamais se pronunciou.]
Há também bairros, mais ou menos periféricos, onde as passadeiras são quase tão elevadas quanto os passeios, as ciclovias estão correctamente cuidadas, há aparelhos de ginástica e espaços verdes a perder de vista. São ainda sobredotados de pavilhões gimnodesportivos, que servem a comunidade escolar, campos de futebol imaculadamente relvados, passeios sem falhas no empedrado, nem cocó de cão paralelo-sim-paralelo-não,
[não têm cães? Apanham os cocós? Mas todos? Há alguma coisa que me escape em relação à cultura de apanhar merdum do chão?]
dizia eu, estradas devidamente alcatroadas, isto é, não abrem valas até ao centro da Terra quando chove, não "sofrem" com o desgaste dos pesados, as rachaduras do calor, a elevação das raízes das árvores, e por tudo e mais alguma coisa (tudo, menos a péssima construção ou o uso de materiais de má qualidade). E os espaços verdes lembram a Casa na Pradaria. [Não sei quanto ao cocó, Laura Ingalls jamais se pronunciou.]
Os munícipes que lá moram pagam mais impostos do que eu? Os fregueses daquelas Juntas pagam mais taxas do que eu? É que eu também queria passadeiras-muro à frente das escolas do meu bairro, passeios bonitos, uma ciclovia bem tratada e separada da estrada, um multidesportivo, jardins cuidados. E não parecer a Lady Di nos campos minados de Angola, de cada vez que ponho o pé (os dois, na verdade) no passeio.
Em resumo: posso ainda não saber em quem vou votar, mas já sei em quem, com certeza, não vou votar. É um direito que me assiste.
Mas já se sabe que as pessoas que moram em bairros associais têm mais obrigações e menos direitos que os outros...
ResponderEliminarMêmo, Be.
Eliminar(Alguém que me compreende, obrigada, cosmos!)
('tão?!? não passa já da hora do recolher obrigatório! a lei marcial do politicamente correcto não está a ser cumprida porquê?!?!)
ResponderEliminar(Porque somos parolos, marginais, irreverentes, destemidos, enfim: líderes, rebeldes! :))
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