Estavam 31 graus, mas um termómetro, no percurso, situado numa farmácia, dizia 33.
A areia estava, pelo menos, a 45. Boa para dar saltinhos, qual Tigre do Pooh, em linha recta para o mar, onde haviam de fumegar meus pobres pezinhos.
Esqueci-me de levar guarda-sol.
O protector solar que tinha em casa era um factor 6, que dizia que cheirava a côco, mas estava tão passado da validade que, a avaliar pelo aroma, faltava ali um circunflexo algures no primeiro O. Contudo, besuntei-me. Passei ainda a tarde toda a dizer "Mais vale isto do que nada". O sol costuma torrar-me e putrefazer-me o neurónio sobrevivo, e entro em modo ditados populares em 4-3-2-1 segundos.
Tinha chegado há cerca de três minutos à praia quando dei o primeiro mergulho do ano. Esqueci-me de pedir os três desejos, porque isto também já não dá para tudo. Posso pedir agora? Ah, então, é os Vinte Anos, do José Cid, e se não tiver, queria ouvir o Seasons in the sun, do Terry Jacks.
Não, espera: haja foco.
(Nem me falem em foco. Eu hoje vi o horror. Já conto.)
Peço que me saia o Euromilhões, eu possa tornar-me uma excêntrica (mais ainda, mas com os bolsos a cair de tanto tutu), e compre aquela praia e todas as adjacentes, nem que seja para varrer das vistas as tatuagens todas que vi hoje. Um laser já, a cada uma, sem dó nem pieguices.
(Pronto. Esmerdei o post. Ia tão bem encaminhado, já tinha que falar num assunto fracturante.)
Não peço mais nada. Um só desejo chega. Eu depois trato do resto.
A água estava gelada, mas o ar estava tão quente, que entre les deux mon coeur n'a pas balancé, e amandei-me a ela perdi-lhe a conta das vezes.
Corri riscos de integridade física, porque quis postar um retrato do mar no blog, via chico-smart, e estive tempo a mais virada de costas para o sol. Logo eu, que sou uma preconceituosazinha de m. com bronzeados à parolo. O que eu não faço por voismicês. Amanhã não me sento. Mas tudo bem à mesma.
Hoje cheguei à conclusão que a tatuagem a imitar uma liga é obrigatória, tanto para elas como para eles. Vi vários homens com aquela m. na coxa. Pergunto-me o que acharão que provocam ou que transmitem com aquilo ali. E não me respondo.
Também vi uma mulher que tinha o focinho do pastor alemão dela desenhado na coxa, em tamanho quase natural, na outra coxa a bendita da liga, e nos ombros um pássaro e uma borboleta. Uma obra de arte, mas ao contrário.
E vi outra, que tinha aquele terço que os taxistas têm colado na mala do carro, num tornozelo. No interior, escrito "FORÇA FOCO". Não sei se "FOCO" é o amigo dela, ou quê.
Depois vim para casa.
Linda, que nunca te falte o verbo. oxalá não haja escaldão para lamentar.
ResponderEliminarboa noite.
beijinhos.
Isto tem que levar um barramento de creme em cima, mas passa.
EliminarBoa noite, Mia.
Dorme bem, beijinhos
Foco? Deve ser de luz, para ver melhor! :P
ResponderEliminarBeijocas onde não doam do escaldão :)
É a tal luz, que elas vêem, e uma pessoa se vê aflita para descortinar. Vai-lhes para a tatooooooo...
EliminarBeijocas, Mary. (Já não dói nada. Isto é casca grossa.) :)
Das coisas que eu me livro por não ter esse vicio da praia...
ResponderEliminar...e as visões a que sou poupado...
:)
Crê-me que é tudo true, true. Eu passo horrores, só por um raiozinho de sol. Havia de ter alergia, a ver se aprendia.
Eliminar:)
Uma vez na praia, local ideal para estas coisas, vi um que tinha tatuado em letras grandes, nas costas, "CHELAS"!
ResponderEliminarIsso devia ser obrigatório, porque não duvido que a proveniência seja daí.
EliminarEu vi uma mulher, de cabelo asa de corvo, fio dental preto, topless, a brincar à beira mar com um miúdo, de gatas, e com umas asas de anjo tatuadas nas costas, em "tamanho natural". Não sei bem qual dos factores é que está errado nesta equação.
e também já vi "0 homem da minha vida".Tinha o focinho de um gato laranja, em tamanho natural, tatuado no peito e o nome Tico. Um homem que tatua um gato no peito é seguramente a minha alma gémea... :):)
EliminarDesde que se comprometa a ser o escravo do silêncio o resto da vida, não duvido nada, Ana :)
EliminarAna, desculpa intrometer-me, mas se calhar Tico não era um nome, era mais um tamanho...
Eliminar:)
Não me consigo focar com tanta parvoíce, Isso não foi um dia de praia, foi um pesadelo. Em cómico mas um pesadelo.
ResponderEliminarAinda me encontro em stress pós-traumático, Be. Tenho medo de adormecer e voltar a ver aquelas imagens.
Eliminar:)
Eu já vi a cabeça de uma cobra enorme tatuada na zona lombar de alguém, como que a querer saltar do fato de banho. Apanhei um valente susto! A praia está a tornar-se num lugar perigoso...
ResponderEliminarUm beijinho, querida Blue :)
Que alívio, Miss Smile, constatar que existem mais pessoas a encarar esta realidade como eu. Já me sentia um ET.
Eliminar:)
Um beijinho, minha querida :)
praia sem roupa ainda nã é uma realidade por aqui :)
ResponderEliminare se calhar ainda bem...
Eu tenho um bocado a ideia de que onde menos se despe, também o povo é mais sereno com a cena das tatuagens aleatórias (e chocantes) :)
EliminarE protector solar, não menina Linda!!??
ResponderEliminarComo assim uma tatoo a imitar uma liga, nunca vi disso.
Estava fora da validade e só vi isso quando lá cheguei...
EliminarUma praga, Me, uma praga!