Na aula Acqua de hoje, cheguei à conclusão que isto não pode continuar: o raio da touca de natação anda para me saltar crânio fora, e perco demasiado tempo precioso, que posso usar em movimentos braçais, só a ajeitar aquela porra, a puxá-la na direcção da cara, a repuxar as raízes do cabelo até à dor excruciante (dá-se que sou, em linguagem povina, "arrepeladiça", e ai de quem me faça cafuné, que tem inimiga fisicamente violenta garantida), tudo um enfado, um fado, enfim, se é que me faço entender. Já experimentei pôr uma em cima de outra (licra + silicone), já experimentei pôr só a de silicone, mas, não bastando o ar de extraterrestre com que um humanóide fica, ainda temos a saga da touca que ameaça debandar. Assim, saí da piscina e rosnei para quem me calhou no percurso que "Vou mas é comprar uma daquelas toucas que têm um cinto de orelha a orelha, porque não aguento mais isto". Parecendo que não, acaba por ser uma aula duplamente cansativa (embora duvide que me consuma o dobro das calorias), e eu já não tenho idade para estes números.
Já no lar, voltei a desabafar o drama touca deslizante, e foi quando uma das minhas bebés me esclareceu que o problema não sou eu, é ela (touca): toooodas as toucas são demasiado pequenas para quem tem cabelo comprido.
E fez-se-me uma espécie de luz, pois já ponderava a possibilidade de, subitamente, me ter tornado cabeçuda, ou de a minha caixa craniana inchar com a água, qual soja, qual liofilizado. Eu bem olhava à volta, e parecia-me que as cabeças dos outros nadadores eram, grosso modo, do tamanho da minha, mas sei lá, tudo é possível, já que sou tão atreita a fenómenos.
E deu-me a criança que gerei a conhecer esta maravilha:
Claro que vou ter uma, não é isso que está aqui em causa.
É que, entretanto, lembrei-me que a água da piscina também me anda a fornicar as unhas. As vinte unhas. Já experimentei ir para lá de gelinho, e, porque estou de mão e pé submerso um ror de tempo, o verniz deu em levantar placas, separando-se das unhas num divórcio feio de se ver. Hoje já fui de verniz normal, e também trouxe duas meio descascadas. Então, lembrei-me que deve haver umas luvas de natação. E umas meias. E que, se não há, vou inventar, vou patentear, depois apresento no próximo Shark Tank e fico rica, feliz e gira para sempre. Entretanto, a mulherada vai para a piscina de luvas, meias, o fato de banho mais feio da parada, a bendita touca, algumas de óculos de natação (que também são aquele arraso de beleza), mola no nariz, e assim está criado todo um novo conceito de nadadora: a sereia-anti-tusa.
Quem é amiga, hã?
Linda, se não tivesses nascido ...a vida não seria a mesma coisa.
ResponderEliminarÉs um tratado!
Mas és mesmo !
Até fiquei com vontade de ir tb a uma aula dessas.
Mas são interditas a machos.
Contigo estava lá para o "pirolito " .
Fizeste -me lembrar cenas das aulas de natação no Algés e Dafundo , quando era estudante no INEF.Mas aí eram aulas mistas. O meio aquático proporciona sempre cenas cómicas .Aulas/treinos às 8:00 , tudo a dormir em pé, dentro de água ( 2 horas ) mas acabava tudo bem disposto.E vi situações parecidas com a que descreveste. Estiveste novamente muito bem!
Beijo pq mereces !
José
Também me pergunto muitas vezes o que é que seria a minha vida se eu não tivesse nascido :D
EliminarAs aulas não são interditas a machos, não.
Aparece!
Beijo, José
Por causa das musas equipadas, ou... hum, não creio.
ResponderEliminarVai para sítios vigiados.