10/09/2018

Curtas (ou nem tanto) e grossas

Fui chamada para o "palco" numa aula de dança, para acompanhar a instrutora numa coreografia. Ora, eu sofro de professorite, um síndrome que eu própria inventei, e que se explica pelo exponencial enervamento quando na presença de um mestre. Assim como existe o síndrome da bata branca, deveria existir o síndrome do quadro de giz (ou da caneta de feltro, ou interactivo, o que é que isso interessa?)/ dos óculos na ponta do nariz/ da autoridade não parental/ sei lá do que mais. Deve ser pela dificuldade na sua definição que o síndrome não tem nome. Logo, não existe.
Se eu sou de uma timidez caricata nos momentos em que me sinto avaliada, que são todos os da minha vida, imagine-se o que será (foi!) diante de uma plateia inteira. Não correu mal, mas porra. 
[Perdendo uma seguidora em 4, 3, 2, 1...]

Nem de propósito, deparei-me com este aviso
num determinado Museu desta cidade
(sou tão blogger, vou a museus)
(acho chato contar que a que nos recebeu estava com os copos)

~

À saída de uma aula de Jump, encontrei o enfermeiro que me tira sangue quando o vou dar. Não me lembro do nome dele, mas sei que o sei. Paulo, Pedro, João, um apóstolo. Também pode ser Sanguessuga, hei-de sugerir-lhe. Ele ia fazer Step, e eu devia ter ficado a assistir, porque se é aquela animação a sugar sangue às pessoas, que direi de uma aula de Step com ele ao lado. Mas eu fujo delas como o diabo da cruz, demasiada coordenação para a minha lateralidade excessivamente bem definida.
Depois da primeira surpresa que se sofre quando se encontra alguém fora do seu cenário, Olá!; Olá, enfermeiro!; Eu conheço-a!; Eu também o conheço, do IPS!; Eu sou o enfermeiro!; Eu sou a que dá sangue,
seguiu-se um diálogo muito digno e muito técnico, especialmente tendo em conta a pequena multidão que ali se encontrava a escutá-lo:
- Fez lá aferese?
- Não, porque não posso, tenho quatro filhos. Só sangue. Olhe, vou lá para a semana.
- Boa. Adeus!
- Adeus, bom treino.
(Sou tão simpática.)
(E blogger.)

~

Como passar dados de Ai-fostes para o computa: esquece. Dava pano para um post daqueles que ninguém lê. Noutro dia.

~

Voltei a pintar o cabelo em casa. Cansei-me da seca de ir ao salão do bairro. E a qualquer outro. Levei horas, mas ficou tão bem pintado que ninguém diz que eu não nasci já assim, morena e gira, e não aquela loura de olhos azuis, enorme e tronchuda, que fez o terror no berçário. (Not, calma. Já nasci assim, mesmo, esta delicadeza de dar dores.) Até estou a ponderar abrir o meu próprio estabelecimento, comprar baldes desta tinta e pintar as minhas freguesas todas da mesma cor, vulgarizando (ainda mais) esta que a Natureza naturalmente me forneceu.



(Isto já está demasiado blogger. Acabou.)

4 comentários:

  1. tudo isto é demasiado complexo para a minha pessoa. é absurdamente.

    imagina, só agora é que percebi o que é o Ai-fostes!!!

    ahah, só tu. :D

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    1. Ou será tudo complexadamente absurdo? Nunca o saberemos 🙃

      Fiz sondagem e tudo, na altura da inauguração! Acho que a decisão final coube, democraticamente, a mim.

      Tu não sabes o drama diário que é ser assim, senão já não te rias :D

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  2. Bota blogger nisso! ;)

    Beijocas, Lindona :)

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    1. Tu conheces os meandros e contingências de se ser assim blogger, Mary :D

      Beijocas :*

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