Hoje acordei um bocado agastada derivados ao tempo, que não se fixa para a praia, que me permite ir um dia e, uma semana depois, já me diz que tão cedo nem pense. Até mangas compridas vesti, em sinal de protesto. O clima influencia o meu humor como mais nada, nem amores, nem bolos, nem dinheiro, nem passarinhos a cantar: é haver nuvens no céu, designadamente em ele estando cinza escuro - uma das cores que eu, por acaso, distingo bem (ai quem me dera que o meu daltonismo me desse para confundir o cinzento com o vermelho, como o meu avô) -, e é ver-me com uma puta de todo o tamanho, tal e qual aconteceu hoje. Ontem foi dia de muita emoção, pus-me na festa dos espanhóis, fui para a Baixa ver passar os hermanos, festa rija de machos, que Maricarmens nem vê-las, nem bâtons escarlate, nem flores no cabelo, nem blusas às bolas, nem taca-taca-taca, aquele trololó que só elas, devem ter ido todas para El Corte Inglès, por supuesto, ou ficado nos Preciados, que isso, infelizmente, ainda cá não temos, e digo infelizmente porque era bom era, era termos aquele IVA na cosmética que só lá, deve ser por isso que as nholas pintam a boca e as unhas a partir dos dez anos de idade, pudera, com aquele IVA, a gente cá até já pintava as beiças às meninas aos dois anos de idade. Falta de toque feminino na festança, que futebol é para eles, pese embora me tenha ido fotografar mais as gajas para o painel da Women's Champions League, não fomos nós lá tão longe só para cheirar o ar da cerveja. O jogo então, foi o mesmo de sempre, não sei que raios de magia faço eu com a bola, que não há golos - ou não há em número de jeito - até eu me sentar (tenho que me sentar; tenho que estar mesmo sentada) a ver. A partir daí é um vê-se-te-avias, tanto que, quando era pequenina, pensava que o futebol era um jogo de golos e até é. É que entrava numa sala onde estivesse a dar um jogo e pimba e pimba, sempre a aviar neles. O meu record ocorreu no ano de 1994 com o FCP, uma cabazada de golos já não sei se ao Desportivo das Aves ou ao Werder Bremen, sei que foi para uma taça ou para uma liga, e aquilo foi entrar na sala e sentar-me e o meu segundo clube (ou a meias, nunca consegui decidir isto) introduziu-lhes ali 5 na cesta que foi um mimo. Ontem foi bem, achei bonito, lá tiveram que dar oportunidade ao Cristi de fazer um golinho, não fora o menino morrer de sede, mas eu estou para ele como estou para a Sara Sampaio, já não posso com tanta nudez. O Cristi fotografou-se nu para a capa da Vogue espanhola e eu não lhe perdoo aquele púbis depilado, tal e qual o entre-sobrolhos, jactos e jactos de laser. E ainda se despiu em campo, para mostrar aquele exagero de veias em cima de músculos, só me lembra o boneco da anatomia que eu tinha quando era pequenina. Acho que dormi com as bruxas, hoje só me lembro da infância, ou então isto é mesmo a terceira idade a chegar mais tarde do que devia, ou mais cedo. Xabi Alonzo devia ser proibido de ser tão-tão-pão, de vestir Dolce & Gabbana como nem Domenico e Stefano algum dia sequer imaginaram, e isto é tudo o que me apraz dizer sobre futebol, que eu sei pouco ou nada. Já estou arrependida de ter posto este título, mas agora já pus, não vou editar nem mudar, que dá trabalho e hoje é domingo. Isto também tem a ver com a praia onde não pude ir hoje, daí a associação. O catálogo da Calzedonia é quase todo feito pela Sara Sampaio, e ela está, em 90 % das fotografias, a ter um orgasmo à beira-mar. Pronto, já disse. Ai de quem sequer imagine que eu posso ter alguma pinguinha de inveja da petite (livra, deve ser tão antipática, tem sempre cara de zangada, quando não está, lá está, a orgasmar), a menos que seja pelo facto de nunca ter tido nenhum à beira-mar, muito em particular em posições anti-anatómicas, tipo esta, pois isso nunca me aconteceu, para mal dos meus pecados e dos das conchinhas, coitadinhas.
Sem comentários:
Enviar um comentário