03/09/2013

Never be a dancer?

Já cá faltava o titulozinho em inglês, só para armar.

De entre outras coisas, e porque este está a ser um ano de despedidas, tive que abandonar (é o termo) o meu ginásio. Em busca de alternativas mais baratas, fui experimentar uma aula de ballet para iniciados. Basicamente, eu estou para o ballet como estou para o alemão - arranho. E não gosto lá muito. Mas preciso de movimento, e pareceu-me bem experimentar. Calhou-me, então, uma aula com quatro iniciadas que têm seis meses de ballet e outras quatro - eu uma delas - que nem tanto. Das quatro "veteranas", só uma é magra. Não é bonita nem bem feita mas, pelo menos, não tem um cuzão nem umas coxonas boas para a matança.

Mas o problema não é ele, sou eu. Eu percebo tudo o que se diz na aula, porque quase fluo no francês. Eu tenho preparação para levantar a perninha no ar, mas não me apetece. Eu não sou graciosa. Aquelas panisguices de mostrar o perfil enquanto se olha languidamente para as pontas dos dedos não são para mim. Aquela lentidão nos movimentos enerva-me. Os saltinhos irritam-me. Eu tenho rabo de preta, corre-me outra coisa nas veias que não tem nada a ver com música clássica, pelo menos para dançar. Preciso de encontrar aulas baratas e boas de kizomba e kuduro. 

Será que acabei de descobrir um novo nicho de mercado? Kuduro para ballet. De tutu, ok, mas sem pontas.

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