01/03/2019

Queridas anónimas,

Assim me dirijo a vocelências, no feminino, pois que estou certa quanto dois e dois serem quatro, ou melhor, nem disso estou tão certa, que vós todas haveis nascido munidas de pipi, pois foi? 
Foi.
E — contra mim, ou o meu, falo (atenção à vírgula, reparai que não escrevi o meu falo), mas — pode ser por essa razão que sois tão avessas a ser amiga de vossa amiga, esta aqui considerada, uma criada ao vosso dispor, tanto quando se trata de dar a boa da gargalhada, ainda que seca, ainda que roufenha, ainda que falsa, como quando é para verter a gota da comoção, que a pessoa humana ainda vai conseguindo provocar por estes dias que correm à velocidade da luz que nos ilumina a todos, que o Sol, quando nasce, já se sabe, uma distribuição injustamente equitativa, a tudo banha, quer tenha, efectivamente, banhas, quer só ossos, quer seja assassino ou santo, leva tudo pela mesma tabela, e eu acho mal. 
Mas não nos desviemos. 
Assim de repente, virou-me a boneca, e deixei de querer para aqui que vós, suas sem-nome, sem-cara, sem-sem, me comentem o buraco, pois isto não é da Joana, quanto mais da Maria Engrácia ou das Sorayas que vos habitam. Olhem, cansei. Ando demasiado ocupada, preocupada, extenuada e quase tudo o que termine em ada, para vos aturar aqui. Lamento.
Tenho pena, por causa de anónimas mesmo queridas que tenho, como é o caso da minha Miss Curvas (a quem baptizei!), a motard mais anónima e bem educada cá do coiso, mas isto é como aquele ditado estupidamente verdadeiro, que dita, passe o pleonasmo, paga o justo pelo pecador. É verdade, sim senhora, que a mim já me aconteceu vezes a mais, nomeadamente quanto a esta beleza toda, pois que o preconceito diz que não se pode ser gira e inteligente ao mesmo tempo e tudo no mesmo corpo, e já fui tomada por estúpida bastas vezes só por causa disso. Como agora, aliás. Portanto, querida Curvas, se me estiveres a ler, tem lá paciência com esta jarreta e arranja lá um perfil, que serás sempre bem vinda a esta luxuosa casota.
E sim, a gota de água foi uma anónima que já aqui andava a morder subrepticiamente há umas semanas, mas não foi propriamente a causa, não vá ela ficar impante de soberba e achar-se. Ó pá, se eu já tenho o pavio curto para dentadinhas que depois é "Ai, não, tu é que és paranóica e vês maldade onde não há" e mimimi, mas se o lar é meu, deixem-me cá correr à vassourada com o que não me interessa ter aqui. 
Já sei que me vão dizer que cada um vem com o nome que quiser, que Florzinha Frágil não é menos anónima do que Anónimo, mas chiu, que é. Com Florzinha Frágil, Borboleta Dorida, ou Presidente da República, eu posso sempre consultar o perfil e tirar as minhas ilações sobre há quanto tempo andam nisto, ou seja, se não é um perfil criado só para me moer, a mim e às outras bloggers topo de gama (caluda, já disse). Já com Anónimo, ando para aqui às escuras, às moscas, aos papéis, a ter que ser simpática com quem me trata mal ou me provoca. Pá, não. Ide com os porcos (coitados).




LB's challenge rumo aos 3000 chouriços em 6 anos
#jasofaltam17

6 comentários:

  1. Cá beijinho da Maria com pipi! :)

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    1. Yey, eu também tenho um! :)
      Beijinho, Mary

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  2. LB, eu noname, sou considerada anónima, ou passei no crivo?

    :-)

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    1. Claro que sim, noname :)
      Desde o momento em que eu recebo notificação de um comentário, é porque a pessoa não está bloqueada. Bloqueei só o acesso às anónimas. Para essas, o Carnaval acabou hoje.

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    2. Sabe, eu nem me dou ao trabalho de bloquear gentinha. Decidi ter os comentários com moderação, e mato-as à chegada, não conseguem ver uma única investida publicada, que eu não ligo a mal vestidos de espírito, onde cansar-se de ser bestas, ou provar do próprio veneno:


      QUADRUMANO




      DA ESCRITA, A MOTIVAÇÃO E A PREOCUPAÇÃO

      Beijo

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    3. Este caso era não declarado, era um “Olha lá”, uma descrença em tudo o que eu dizia na brincadeira, como se fossem verdades não absolutas, mas que urge desconstruir. E depois, eu gosto de entabular de igual para igual, porque o meu nome também não é Linda Blue (oh, surpresa!), mas caramba, quem me aparece como Anónimo, ainda mais com aquele despropósito, cria-me logo uns anticorpos...

      (Lindo lugar, noname :))

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