14/08/2018

sangue do meu sangue, que não é sangue de traça


Estava a minha Mimi a entrar para uma aula de grupo no ginásio, quando avistou uma borboleta no chão,
Mas não era uma borboleta daquelas, era uma traça.
(Sim, uma borboleta, filha. Eu sei que sabes que, assim como há pessoas bonitas e pessoas feias, assim é também com os animais, e não é por isso que...)
Disse ao professor que estava ali uma borboleta e que era preciso abrir a porta que dá para o jardim, que é a porta de saída de emergência, para a pôr lá fora.
(Boa.) 
(Muito boa.)
Ele disse que não podia abrir a porta, porque estava trancada e que os alarmes se accionavam todos caso a abrisse.
[Todos os meus alarmes accionados por saber que a referida sala, numa cave, tem a porta de saída de emergência trancada. Quero lá saber das sirenes, quero é a porra da porta destrancada. Lá vou ter que me chatear com mais um assuntinho-assuntão.]
E tu?
Eu peguei na borboleta, subi as escadas e fui até à porta do ginásio. Deixei-a no jardim.
[Alguns dos meus alarmes a sossegar. Tenho feito um bom trabalho, e honni soit qui mal y pense.]
(Não sabes quantas vidas salvaste com esse gesto...)


Sem comentários:

Enviar um comentário