Hoje venho, na senda da vertente pura e extraordinariamente intelectual deste modesto espaço de alta elevação cultural, falar-vos de um filme que, efectivamente, não vi. E, como tal, não vou spoilar, ou, pelo menos quase nada.
(A quem já tomou o tamanho ao texto com um breve olhar medidor, é isso mesmo: não me vou alongar por aí afora, já que — repito — não vi o filme. Ou melhor, muito melhor, não o vi todo.)
La la la, la, la, la...
Não haverá mais doida, mais fã, mais incondicional do que eu quando se trata de menino Ryan Gosling. Gosto dele, que quereis? Lá se é bom actor, acho que sim, mas isso é secundário, tendo em conta que ele é sempre o principal. É o sorriso, é a voz, são aqueles olhinhos desiguais, é ele de camisa, é ele de calças de fato, é ele...
Desta vez, aparece ao piano.
(... é ele ao piano.)
E aparece outra vez (a sério, povo de Holly, o que pretendeis com a insistência em juntar estes dois?) com a Ema Stone, que é tão gira e está tão estranha — enormemente magra, vítima de recente botox-disaster. Parvas de Hollywood, vá lá, parem de estragar essa maravilha que a Natureza vos deu.
Talvez ainda não tivessem decorrido trinta minutos da fita e já eu dormia a sono solto, embalada pela trama — cuja sinopse não cheguei a conhecer —, incapaz de resistir a Morfeu, um pouco desiludida, senão de morte, pelo menos de sono quase eterno, após ter constatado que meu Ryanzinho, apesar das quatro horas diárias de ensaios, por não sei quantos dias seguidos, não aprendeu a dançar, e também não canta nada de por aí além. É a tal história que conto (e canto) a mim mesma, cada vez que cometo uma pequena falha na minha vida: Não se pode ser bom em tudo.
(Talvez reveja a película um destes dias, Ryan merece uma segunda oportunidade. Já vi tanta porcaria com ele, esta pode ser apenas mais uma. Lindo de sua Linda.)