08/09/2017

Agora parece que sinto um certo apego pelas questões fracturantes

Aqui do local onde me encontro, com o mar aos pés e o sol na cabeça, eis que me meditabundo por sobre temas que, de outra forma, não fora o contexto estival, não meditabundaria. São os fenómenos que surgem anualmente, que pegam moda e ninguém (me) sabe explicar porquê. São eles três:
1. As mega-bóias em forma de flamingo. Hoje vi uma à venda por € 73,50. Não sei se me expliquei bem, se calhar ponho o extenso: setenta e três euros e cinquenta cêntimos. Pondero encomendar meia dúzia e avisar em casa que para o ano não vamos de férias porque não há dinheiro. Assim, a nu e cru e seco;
2. Os vendedores de bolas de Berlim, que vendem agora "bola com Nutella". Porquê? Quem é que lhes paga para isto? Por que é que a bola não está recheada, simplesmente, com chocolate? Isto atormenta-me, porque não sei se, para o ano, não passam a chamar "bola com banha de porco e ovo liofilizado" às bolas com creme. Deviam ser proibidos os eufemismos neste sector. Aliás, por mim, os vendedores deveriam apregoar o número exacto de calorias que uma bola tem, e avisar aos gritos que engordam. Honestidade acima de tudo;
3. As partes de baixo dos biquínis desta saison: quem diabos se lembrou de descer às profundezas da quinta subcave e ir buscar as cuecas da avó e as trouxe para a praia? Que fenómeno foi o deste ano, que a garotada entendeu tapar a barriga (que não tem), o umbigo, toda a pele até às costelas, repuxando aquilo até prender nas miudezas e exibindo o nalguedo todo? E ganharem juízo, destapando para cima o que falta tapar em baixo?

Por acaso, ainda me tira o sono mais um assunto, mas não sei se o exponho hoje.
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[tamborilando]
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Está bem, já que insistem: o que é aquilo de haver nadadores na praia e todos, sem excepção, se chamarem Salvador? Eu acho spé chique e spé crido, mas não há Bernardos, Fredericos, Tomááás?

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