08/11/2014

Contra a gravidade, treinar, treinar

É certo que sofri um fim-de-semana inteiro com uma aula de body pump que me ia rebentando toda. Mas voltei lá, passei dos 8 kg na barra para os 5, depois voltei aos 8, e agora já faço aquilo com uma perna às costas e a barra aos ombros. Está, portanto, na altura de carregar até aos 10. A ideia é ficar assim:


 Porém, penso, muitas vezes, se estarei no caminho certo e não vou antes ficar assim:


Adiante: também repeti o Pilates. Hoje foi com um instrutor novo. 

Começou a aula com cinco minutos de parte teórica. Estive tentada a ir buscar o caderno e a caneta para tirar apontamentos. Depois mandou-nos deitar e começámos uma série de exercícios respiratórios. Pensei que, a seguir, nos ia mandar dormir uma sesta, porque tinham passado dez minutos sem ter mexido um pé. 

Foi então que começou a farra. Exercícios muito lentos, muito precisos, muita tensão nos abdominais e rabos (a mim chateia-me a palavra glúteos, não sei explicar isto). Houve uma altura em que nos mandou elevar a anca, ombros no chão, pés bem assentes. Ficou profundamente fascinado com a minha capacidade para tão bem assentar os pés no chão. Só por não querer desiludi-lo assim, no primeiro encontro, não lhe quis falar no meu pé chato. Depois mandou-nos afastar os joelhos. E a quem é que veio pôr as mãozinhas nos joelhos, numa sala com mais dezassete gajas em franguinho, a quem foi? 




Isso. Trata-se de uma espécie de karma. É a Karmen, that bitch. Até podíamos ser, não dezoito, mas quarenta frangas. Havia de vir embicar com a minha na mesma. Até admito que ainda estivesse fascinado com a minha perfeita colocação das plantas dos pés no chão. No entanto, foi um momento extremamente constrangedor, do qual poderia não guardar memória, não fosse ele tê-lo repetido e repetido. Mão no joelho, mão nas costelas, mão na anca (na minha), acabei fazendo as vezes de boneco demonstrador da aula toda. Para a próxima choro uma comissão.

Também nos mandou virar de barriga para baixo, pernas esticadas, muito juntas, nalguedo comprimido e pés elevados. E disse: "Eu quero que o vosso púbis deixe um buraco no colchão quando saírem dessa posição". Ia-me esmagando, não só contra o chão, mas também pelo peso da responsabilidade. Não se faz. Um buraco no colchão, feito com o púbis. A imagem mental tem tudo de tortuoso e nada de sensual. Já não me bastava a outra com o soalho pélvico.

Tive o meu momentinho apoteótico quando ele mandou juntar a testa aos joelhos, sentados de pernas esticadas. E não nos mandou ele fazer a espargata, senão tinha mesmo que ir buscar o queixo ao chão.  O dele. Poupei-o a más figuras, uma vez que, aparentemente, para isso estava ali eu.

Já me armei em boa mais um bocadinho, posso gozar o resto do fim-de-semana tranquila.

Que tormenta, ser assim.


6 comentários:

  1. Vê lá se qualquer dia não estás assim http://www.criticalbench.com/images/Sabo2.jpg.
    Gostam muito de falar de pélvis e de púbis, esse pessoal de Pila(tes)... :P

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    1. Muito longe disso!
      A grande questão do momento é esta:

      http://www.designyourway.net/diverse/2/clientfeedback/SexyPig.jpg?209eb7

      Sinceramente, parece-me que fazem associações de ideias com o nome do senhor Pilates.
      Ainda vou experimentar uma aula de Bunda :P

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  2. Ahahahahahah por momentos pensei que me fosses mostrar uma foto da Miss Piggy, mas não me desiludi.

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    1. Essa loira deslavada? :D

      Obrigada pelo reconhecimento. Ainda demorei uns minutos largos a encontrar a imagem certa!

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  3. Não sei se sinta pena do colchão ou da púbis...

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    1. Eu, por mim, tenho pena de ambos. Nenhum gozou o prato em pleno...

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