em que recebes uma mensagem a anunciar a missa por alma de uma pessoa tua parente — e, consequentemente, a sua morte, facto que desconhecias —, em que a imagem de perfil é da própria, e toda ela escrita na primeira pessoa do singular. Tipo aquele falso e maravilhoso bilhete de suicídio da personagem Sebastião do Pôr do Sol, quando foi assassinado:
Boa tarde,
Matei-me. Adeus e boa continuação,
só que com a nuance Morri, venham à missa comemorativa do primeiro mês.
Dúvidas houvesse sobre a minha muito remota, porém provável, disfuncionalidade, eis uma possível explicação, com parentescos deste nível. É que nem a desculpa de se tratar do enredo de uma novela cómica tenho. Isto é a vida real. A minha vida.
Ainda estou em posição fetal. Tenho medo de partilhar genética com pessoas humanas que tomam estas iniciativas.
Não vou comparecer à dita missa. Nunca se sabe.