Foi ontem que chegou ao lar a minha Ultrapro.
Ainda não sei nada sobre ela e suas capacidades ultraprofissionais porque não a experimentei. Estou demasiado enlevada pela coisa para a estrear assim, sem mais nem menos nem cerimónia. Então, lá continua no escorredor de loiça - já foi ao banhinho -, à espera que lhe arranje um lugar mais digno que não seja dentro do forno.
Afinal e a final, foi simples a escolha do tamanho. A minha revendedora da marca (não me apetece escrever o nome e repuxar da ponta das sinapses quantos PP tem, se a letra a seguir ao T é um U ou um W, e depois ainda ter que afiançar que ninguém me paga para isto) trouxe-me os dois tamanhos de entre os quais aqui a boneca estava indecisa - dois litros ou três litros e meio -, mas foi de caras, sem hesitações, "Quero a maior!", cheia da PDM e da mania das grandezas. Mas convenhamos: a de dois litros tem o tamanho e o formato de uma forma de bolo inglês pequeno (little british cake), ia obrigar-me a cozinhar às prestações um lombo, a comprar um peixe com a fita métrica na mão, a fazer um papo-seco de cada vez, tudo muito contado e pobrezinho. Mesmo assim, a minha menina é grandinha (não há maior), mas também não é nenhuma gruta, há-de dar para meter lá um frango que não seja do campo (citadino, portanto), e haverá um ou outro que precisará de um aconchego para ficar bem acamadinho lá dentro. Quanto à batata, como diz o povo, olhem, se calhar só assada na tampa (que também é assadeira, benza-a Deus), sob pena de se entranhar nos entrefolhos do galináceo, mo engasgar e ainda me estoirar com a Pro. Possivelmente, também não dará para um peru, um cabrito, um porco, uma vaca. Mas é a pessoa comprar várias panelas, esquartejar tudo muito bem esquartejadinho, e vai um naco em cada uma, não sei mais que alternativas apontar, isto se eu fosse revendedora era o que dizia às freguesas. Mas dá para um bom lombo, assim como para um lombinho. E dá para um peixe, desde que mais pequeno que um tubarão. E também para um pão que alimente uma família de gente ou um regimento de sapadores.
Pronto, e é isto. Enquanto ela não me desiludir, temos uma relação feliz. Não se me apraz dizer mais nada.
Já fui cuscar a ultrapo :-) Traga-nos novidades do uso, quando a experimentar.
ResponderEliminarTou aguardando, viu!
Já me assou um frango como uma profissional :)
EliminarComo faço tudo a olho, subestimei-a: o frango coube no fundo da tacha, ainda cabiam lá mais dois, todos em conchinha :D
Tá benhe! Mas também é para contares se ficou bom, né?
ResponderEliminarBeijoca
Sim, Mary! Cá estou!
EliminarEntão, a verdadeira adaptação é mesmo aos tempos da bichinha. Assar um lombinho com batatas, por exemplo, não menos que uma hora, uma hora e vinte, quando em pyrex aberto são para aí 45 minutos, ou seja, metade. Mas é mesmo verdade que é pôr tudo lá para dentro, sal, pimenta, uma erva qualquer (não deve dar com toooodas :P), forno com ela e... Magia!
:)
Beijinhos