Em primeiro lugar, tenho a declarar, antes que me esqueça, que faço sempre um enorme esforço de memória — coisa para me provocar copiosa sudação — de cada vez que quero proferir esta expressão, amigo secreto. Não sei porquê, simplesmente baralha-me uma sinapse qualquer, vem-me à cabeça tudo menos o modo como é comummente designado o tal amigo. Ora lhe chamo amigo anónimo, ora lhe chamo amigo escondido, ora lhe chamo amigo desconhecido, até já me ocorreu soldado desconhecido. É toda uma amálgama de nomenclaturas que até dói na alma.
Bom, mas não era a isto que eu vinha. Acabei de adquirir uma lembrança amiga lá para o secreto, e então tive estes flashes de boa conselheira, para ver se, de uma vez por todas, todos acertamos na mouche, que é como quem diz, no coração do amigo a quem vai calhar na rifa a nossa prendinha.
Então:
1. Em primeiro lugar, deve ser uma prendinha, pequenina, tanto no preço como no tamanho: para caber no bolso e, caso haja uma (in)decisão de última hora, de não haver troca, podermos tê-la escondida, desconhecida, secreta; E deve ser pouco onerosa, precisamente porque nos vai calhar a nós algo que foi oferta da revista que vimos à venda o mês passado, ou um dos tais Pyrexes dos quais eu já tenho a colecção quase toda, valha-me que tenho uma família numerosa;
2. Deve ser, em consequência de 1., uma coisa qualquer que também nos sirva a nós, para o caso de voltarmos para casa com ela;
3. Não deve ser tão pouco original como uma caixa de chocolates, uma vela, um saco de potpourris. Já ninguém aguenta. Mais vale um frasco de pickles, com uma etiqueta a dizer "gourmet", mesmo que escrita à mão, que sempre dá um ar de home and self and hand made;
4. Deve ser qualquer coisa tão insignificante, que quem recebe se esqueça, até à noite de 24, do que recebeu, e constitua, assim e por isso, uma verdadeira surpresa aquando da abertura dos pacotes [mau]. E não só não se lembrará do quê, mas também de quem ofereceu. Aquela típica situação de "De quem é isto? Tem aqui o meu nome, mas não sei quem deu esta...";
5. Deve, sobretudo, e em last, but not least, ser algo que quem recebe possa dar a qualquer pessoa daquelas que surgem à última da hora e sem aviso, numa de "passa a outro e não ao mesmo".
Bom, mas não era a isto que eu vinha. Acabei de adquirir uma lembrança amiga lá para o secreto, e então tive estes flashes de boa conselheira, para ver se, de uma vez por todas, todos acertamos na mouche, que é como quem diz, no coração do amigo a quem vai calhar na rifa a nossa prendinha.
Então:
1. Em primeiro lugar, deve ser uma prendinha, pequenina, tanto no preço como no tamanho: para caber no bolso e, caso haja uma (in)decisão de última hora, de não haver troca, podermos tê-la escondida, desconhecida, secreta; E deve ser pouco onerosa, precisamente porque nos vai calhar a nós algo que foi oferta da revista que vimos à venda o mês passado, ou um dos tais Pyrexes dos quais eu já tenho a colecção quase toda, valha-me que tenho uma família numerosa;
2. Deve ser, em consequência de 1., uma coisa qualquer que também nos sirva a nós, para o caso de voltarmos para casa com ela;
3. Não deve ser tão pouco original como uma caixa de chocolates, uma vela, um saco de potpourris. Já ninguém aguenta. Mais vale um frasco de pickles, com uma etiqueta a dizer "gourmet", mesmo que escrita à mão, que sempre dá um ar de home and self and hand made;
4. Deve ser qualquer coisa tão insignificante, que quem recebe se esqueça, até à noite de 24, do que recebeu, e constitua, assim e por isso, uma verdadeira surpresa aquando da abertura dos pacotes [mau]. E não só não se lembrará do quê, mas também de quem ofereceu. Aquela típica situação de "De quem é isto? Tem aqui o meu nome, mas não sei quem deu esta...";
5. Deve, sobretudo, e em last, but not least, ser algo que quem recebe possa dar a qualquer pessoa daquelas que surgem à última da hora e sem aviso, numa de "passa a outro e não ao mesmo".
Antes pirexes que: Sta Teresinha, Sto Onofre, Sta das Dores e de Fátima, Sta dos pobres e combalidos, Sta Rita. Gaita, que já me irrita.
ResponderEliminarÉ que não gosto de santos nem santinhos de papel, muito menos de caco, e depois, que fazer com aquilo, será que é pecado ter um acidente? não tenho lata para passar isto à frente. Saí uma caixa de papelão, o sótão ainda não está cheio.
Boa noite, LB
Para si, a prenda sou eu, não lhe aqueço nem arrefeço, passo e ofereço-me, em modo virtual, desta forma não destoo em nenhum ambiente nem decor :-)
Credo, tanta Santa, uma pessoa até se benze! Eu não recebo nada disso, longe vai o tempo dos e-mails com PowerPoints e das mensagens santinhas. Recebiam sempre a mesma resposta, de modo que desistiram.
EliminarBoa noite, noname.
Quais não aquece nem arrefece! Pois fique sabendo que prezo muito quem cá passa e deixa a sua santa palavra. Aleluia, irmã! :D
Ahahahahahah léluia irmã
EliminarOs santos não chegavam por e-mail, eram essas prendas escondidas, secretas, ocultas ou do oculto, já pensava eu.
Boa noite
Também tive um, de oferta inesperada, que juro que já não me lembro onde encafuei. Acho que voou...
EliminarBoa noite :)