09/02/2018

Pintei (pelo menos) dois quadros na minha vida

Tinha quatro anos e meio. (Não é preciso darem o desconto à idade, há por aí muito adulto que faz umas coisas mais "ilegíveis" e dá-se à lata de pedir mais do que um euro por aquilo.)

Então, por ordem cronológica, porque foram pintados com um dia de diferença (podia estar numa veia naquelas 24 horas que era uma autêntica variz artística!)

aguarela sobre papel daquele dos jardins de infância

canetas de feltro (com aquele cheiro que nunca mais me abandonou) sobre papel daquele dos jardins de infância

Vocês, não sei, mas eu sei muito bem o que ali pintei.
(Obrigada, mana, por teres desencantado isto dos confins.)

16 comentários:

  1. Aquele cheiro das canetas de feltro que era tão característico :)

    Bom fim de semana, Linda.

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    1. Tinham álcool etílico, para além do cheiro do feltro... tão bom! :)

      Bom fim de semana, Solteiro.

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  2. Adoro o primeiro :)

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    1. Eu era uma miúda alegríssima, tanta cor e tanto preenchimento :)

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  3. Vocês, não sei, mas eu sei muito bem o que ali pintei.

    Então a verdadeira essência da arte não é esse je ne sais quoi? Pelo menos desde os modernismos é um valor, muitas vezes sobrevalorizado, que aniquila outros. Ou nem parece bem pendurado na parede da galeria modernaça. :)

    Eu, como exemplar e capital humano dessa turma, gostei muito das tuas obras; mais da segunda. :)

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    1. Ora bem, para já, obrigada, Diogo :)

      É que eu disse aquilo meio a sério, meio a brincar: no primeiro, o que deve ter acontecido, foi umas pinceladas a tentar desenhar qualquer coisa que não saiu como eu queria, e depois vai de esborratar e preencher até desaparecer o branco. No segundo, sei que desenhei duas figuras humanas, uma árvore, um carro a deitar fumo do escape (lá em cima, nem sei se é possível já desenhar em perspectiva com aquela idade, serei um génio? :)) e o chão.

      O curioso é saber ler-me, tantos anos depois :)

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    2. Eh impossível falar contigo. Então eu falo do je ne sais quoi e tu dás a explicação da tua obra??? :D Para um verdadeiro artista, é logo empobrecer a arte. E digo mais: hoje, qualquer artista que não tenha a sua quota de inexplicável, de desafio, nem artista é. E na pintura, ui... parece-me que é sempre ao contrário: umas linhas a dar uma explicação breve do que se pretende transmitir, e o resto: vem atrás de mim...

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    3. É verdade que, às vezes, dou respostas a comentários que mais valia colar ao post :)
      Isso é porque não sou a verdadeira artista!
      Na verdade, foi um momento de introspecção que se tornou extrospecção :)
      (Buáááá, não tenho veia para nada! :D)

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    4. :D

      Haverás de ter as veias mais felizes para umas coisas, e infelizes para outras, como todo o mundo. E assim sucessivamente, como dizia o outro. :)

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    5. Pois haverei. Não tenho é nenhum dom especial, a não ser o já antigo e passado de validade de pôr pessoas no mundo :)

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  4. Fazem-me lembrar aquelas imagens do teste de Rorschach :)

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    1. As borboletas e as manchas? Falta o risco ao meio :)

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    2. Só tinhas 4 anos.. ainda não sabias tudo. Ainda assim olho para eles e denoto potencial, talvez devesses ter explorado esse teu lado artístico ;)

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    3. Nunca é tarde para nada, embora, neste campo, não me pareça que vá acontecer :)
      Mas obrigada.

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  5. Gosto muito da segunda!

    Beijocas, Lindona :)

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    1. Eu também, Mary. Já consigo distanciar-me o suficiente para gostar do traço e da cor daquela miudita :)

      Beijocas :)

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