Corre-mão, logo corre-mãos. Não discordo. Mas nos anos 80 a minha prof. da primária ensinava que o plural de corrimão podia ser uma ou outra. E eu ainda hoje gosto da Prof. Clotilde, já com 90 e tantos anos!
Não percebi a referência aos anos 80 :P Escrevia-se melhor do que nos 70? Então, se a tua Clotilde já tinha 60 e tantos anos quando te ensinou a escrever, mais uma razão para preferir o Português mais etimologicamente correcto. Já eu, detestava a minha Maria de Lurdes :/
E traduções mal feitas, e edição e correcção de texto que, de todo, não existe. O único autor que eu conheço que não tem uma única gralha e tem a pontuação sem mácula, é o Mário Zambujal. Estou convencida que ele é o seu próprio editor, e, ainda por cima, conhece a língua como poucos...
Quando tenho dúvidas é aqui que vou e ao ler isto fiquei na dúvida, exactamente por já ter ouvido e lido das duas formas. A certa altura já nem conseguia perceber qual é a forma que uso :P https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/corrimaos-ou-corrimoes/70
A língua é viva, todos os anos acrescenta termos :) Mas olha, é o mesmo que me dizerem que "espirrar" e "espilrar" estão igualmente correctos. Pois estão, mas eu sou como os burros velhos: não aprendo línguas. E procuro sempre a palavra-mãe. A mãe sabe tudo :P
Bem, a verdade é que eu não queria ser estrangeiro a aprender português. As nossas regras são, basicamente, um conjunto de excepções [talvez o carácter nacional de arranjar excepções para tudo tenha mesmo origem na língua, quem sabe].
Nem eu queria, pois se, mesmo sendo portuguesa, é esta confusão... E de ter a excepção à excepção!? E de a excepção confirmar a regra? Enfim... em fim.
Li esse livro (em inglês) — mais um thriller fraquinho para a minha lista... Adoro o género mas os únicos de que realmente gostei foram o Gone Girl e o Alex (num género mais dark). Se tiver boas recomendações, preciso desesperadamente delas! :)
Na verdade, retirei aquele bocadinho de um excerto, com 16 páginas, que me ofereceram na Feira do Livro. Não me prendeu e, agora que dizes isso, não pretendo comprá-lo. A pontuação é péssimo, nem sequer separa as frases do diálogo da narrativa. Actualmente, leio muito pouco, Sílvia. Devia ter vergonha de dizer isto, mas nem sequer. É muito difícil encontrar alguma coisa que me agarre. É o defeito está em mim... :)
Os atalhos de prazos na tradução de livros são um belo gerador de traduções de treta e, embora compreenda perfeitamente o uso da etimologia correcta, creio que ainda me faz mais confusão o número de concordâncias que levam um pontapé onde mais dói, espalhadas por aí fora.
Mas, de certa forma, ainda estou a recuperar do trauma de um dia ter descoberto que sande era uma palavra viável e 'legal' e não uma piada ao estilo 'téni'.
Prefiro imaginar que a crise, que supostamente já abrandou (tenha lá o significado que isso tiver), justifica que não haja edição capaz, tradutores profissionais, revisão a sério.
A nossa língua, belíssima, porém, dificílima, e com a tal desculpa de que é uma língua sempre em crescimento, admite todos os anos aberrações como essa, e, qualquer dia, a quarta pessoa do singular, a do 'percebesteS?'
Corrimões soa mal, mesmo sendo válido. O Mário Zambujal escreve tão bem! Dos poucos jornalistas que sabe a diferença entre escrever um artigo de jornal e um romance. Uma sugestão para a Sílvia:A História Secreta, de Donna Tartt. Muito bom. Tem 500 e tal páginas, mas lê-se tão bem... AL
O Mário Zambujal entrou-me no coração pelos 16 anos e nunca mais saiu. Li tudo, rigorosamente tudo, o que ele escreveu. Mesmo os livros menos interessantes, estão imaculadamente bem escritos. Jamais lhe percebi um erro, e aquela pontuação é tão perfeita que tomará muitos professores de Literatura. Se eu pudesse escolher uma pluma para mim, era o Lobo Antunes com a alma, a ingenuidade e a pontuação do MZ. :)
O Lobo Antunes das crónicas é maravilhoso, prefiro-o ao dos romances. O MZ, além de excelente escritor, é um conversador brilhante, com grande sentido de humor. Já tive o prazer de falar com ele e encantou-me. Também li tudo o que escreveu, até o que publicou antes de eu ter nascido. Sou fã! AL
E o Lobo Antunes, Nuno, é outro que tal :) Sim, as crónicas. Eu só queria metade, ou um décimo, daquele dom. (Não faço por menos...) O MZ é alentejano :)
Minha querida AL, mas aquilo que escrevi ali em cima não foi um pedido de elogio :) Obrigada na mesma. Mas acho que, mesmo que queira, estou cada vez mais longe de algum dia escrever um livro :)
Eu aprovo a Donna Tartt. Acho que o livro até tem mais que essas 500 e tal páginas. É mais 700 e tal, se bem me recordo que já não lhe pego há uns tempos. Mas é um livro tão bom que se lê numa (ou duas, vá) penada(s)!
A História Secreta tem 544 páginas, os outros dois livros dela é que têm mais. O Pintassilgo, com o qual ganhou o Pulitzer em 2013, tem 900, e O Pequeno Amigo tem perto de 700. Mas qualquer um se lê sem darmos conta. Ela escreve um de 10 em 10 anos, apenas. O meu preferido é o que indiquei à Sílvia. LB, lê! Não te vais arrepender. :) Al
Então, levou 20 anos a escrever 3 livros. Isso, acho que também consigo. Vou já começar o primeiro :) Registei, AL. Obrigada :) (Quando me arrependo, desisto. Dou-lhes sempre até à página 30. É como no cinema: dou-lhe os primeiros 30 minutos. Se não me agrada, ala.)
É um problema de corrimões?
ResponderEliminarÉ de barreira linguística. Porque o plural de mãos não é mões. Pelo menos, das minhas...
EliminarLamento, minha querida, mas estás enganada. Ambas as formas de escrita são aceites...
Eliminarhttps://www.priberam.pt/dlpo/corrim%C3%A3os
https://www.priberam.pt/dlpo/corrim%C3%B5es
Se fores ver, tanto uma como a outra palavra significam exactamente a mesma coisa.
Se não prezares o Português correcto, até "bué" encontras no dicionário :)
EliminarPalavra-mãe de "corrimão"?
Corre-mão, logo corre-mãos. Não discordo. Mas nos anos 80 a minha prof. da primária ensinava que o plural de corrimão podia ser uma ou outra. E eu ainda hoje gosto da Prof. Clotilde, já com 90 e tantos anos!
EliminarNão percebi a referência aos anos 80 :P
EliminarEscrevia-se melhor do que nos 70? Então, se a tua Clotilde já tinha 60 e tantos anos quando te ensinou a escrever, mais uma razão para preferir o Português mais etimologicamente correcto.
Já eu, detestava a minha Maria de Lurdes :/
Toma lá um livro que uma pessoa crescida escreveu e que até não me pareceu nada mau.. "A Contraluz"
ResponderEliminarRachel Cusk
Obrigada. Sabes, nenhum é verdadeiramente mau. Mas lá a gralhazinha é que não falha...
EliminarMalditos editores que andam a dormir.
EliminarE traduções mal feitas, e edição e correcção de texto que, de todo, não existe.
EliminarO único autor que eu conheço que não tem uma única gralha e tem a pontuação sem mácula, é o Mário Zambujal. Estou convencida que ele é o seu próprio editor, e, ainda por cima, conhece a língua como poucos...
Quando tenho dúvidas é aqui que vou e ao ler isto fiquei na dúvida, exactamente por já ter ouvido e lido das duas formas. A certa altura já nem conseguia perceber qual é a forma que uso :P
ResponderEliminarhttps://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/corrimaos-ou-corrimoes/70
A língua é viva, todos os anos acrescenta termos :)
EliminarMas olha, é o mesmo que me dizerem que "espirrar" e "espilrar" estão igualmente correctos. Pois estão, mas eu sou como os burros velhos: não aprendo línguas. E procuro sempre a palavra-mãe. A mãe sabe tudo :P
Bem, a verdade é que eu não queria ser estrangeiro a aprender português. As nossas regras são, basicamente, um conjunto de excepções [talvez o carácter nacional de arranjar excepções para tudo tenha mesmo origem na língua, quem sabe].
ResponderEliminarNem eu queria, pois se, mesmo sendo portuguesa, é esta confusão...
EliminarE de ter a excepção à excepção!?
E de a excepção confirmar a regra?
Enfim... em fim.
Li esse livro (em inglês) — mais um thriller fraquinho para a minha lista... Adoro o género mas os únicos de que realmente gostei foram o Gone Girl e o Alex (num género mais dark). Se tiver boas recomendações, preciso desesperadamente delas! :)
ResponderEliminarNa verdade, retirei aquele bocadinho de um excerto, com 16 páginas, que me ofereceram na Feira do Livro. Não me prendeu e, agora que dizes isso, não pretendo comprá-lo. A pontuação é péssimo, nem sequer separa as frases do diálogo da narrativa. Actualmente, leio muito pouco, Sílvia. Devia ter vergonha de dizer isto, mas nem sequer. É muito difícil encontrar alguma coisa que me agarre. É o defeito está em mim... :)
EliminarE o defeito* (maldito corrector, que me transforma sistematicamente a conjunção em verbo)
EliminarOs atalhos de prazos na tradução de livros são um belo gerador de traduções de treta e, embora compreenda perfeitamente o uso da etimologia correcta, creio que ainda me faz mais confusão o número de concordâncias que levam um pontapé onde mais dói, espalhadas por aí fora.
ResponderEliminarMas, de certa forma, ainda estou a recuperar do trauma de um dia ter descoberto que sande era uma palavra viável e 'legal' e não uma piada ao estilo 'téni'.
Prefiro imaginar que a crise, que supostamente já abrandou (tenha lá o significado que isso tiver), justifica que não haja edição capaz, tradutores profissionais, revisão a sério.
EliminarA nossa língua, belíssima, porém, dificílima, e com a tal desculpa de que é uma língua sempre em crescimento, admite todos os anos aberrações como essa, e, qualquer dia, a quarta pessoa do singular, a do 'percebesteS?'
Corrimões soa mal, mesmo sendo válido.
ResponderEliminarO Mário Zambujal escreve tão bem! Dos poucos jornalistas que sabe a diferença entre escrever um artigo de jornal e um romance.
Uma sugestão para a Sílvia:A História Secreta, de Donna Tartt. Muito bom. Tem 500 e tal páginas, mas lê-se tão bem...
AL
O Mário Zambujal entrou-me no coração pelos 16 anos e nunca mais saiu. Li tudo, rigorosamente tudo, o que ele escreveu. Mesmo os livros menos interessantes, estão imaculadamente bem escritos. Jamais lhe percebi um erro, e aquela pontuação é tão perfeita que tomará muitos professores de Literatura. Se eu pudesse escolher uma pluma para mim, era o Lobo Antunes com a alma, a ingenuidade e a pontuação do MZ. :)
Eliminartomara muitos*
Eliminar(maldito corrector)
(tomara o corrector saber escrever Português! :D)
O Lobo Antunes das crónicas é maravilhoso, prefiro-o ao dos romances. O MZ, além de excelente escritor, é um conversador brilhante, com grande sentido de humor. Já tive o prazer de falar com ele e encantou-me. Também li tudo o que escreveu, até o que publicou antes de eu ter nascido. Sou fã!
EliminarAL
E o Lobo Antunes, Nuno, é outro que tal :)
EliminarSim, as crónicas. Eu só queria metade, ou um décimo, daquele dom. (Não faço por menos...)
O MZ é alentejano :)
Escreves muito bem, LB. Já o referi aqui, várias vezes. Se (quando) escreveres um livro, serei a primeira a comprar. :)
EliminarAL
Minha querida AL, mas aquilo que escrevi ali em cima não foi um pedido de elogio :)
EliminarObrigada na mesma. Mas acho que, mesmo que queira, estou cada vez mais longe de algum dia escrever um livro :)
Eu sei que não foi um pedido de elogio, mas o que é verdade e merecido, é para ser dito.
EliminarAL
Eu aprovo a Donna Tartt. Acho que o livro até tem mais que essas 500 e tal páginas. É mais 700 e tal, se bem me recordo que já não lhe pego há uns tempos. Mas é um livro tão bom que se lê numa (ou duas, vá) penada(s)!
EliminarNos tempos em que eu era uma leitora compulsiva, o tamanho dos livros não me fazia diferença nenhuma. A não ser, às vezes, nos transportes públicos...
EliminarA História Secreta tem 544 páginas, os outros dois livros dela é que têm mais. O Pintassilgo, com o qual ganhou o Pulitzer em 2013, tem 900, e O Pequeno Amigo tem perto de 700. Mas qualquer um se lê sem darmos conta. Ela escreve um de 10 em 10 anos, apenas. O meu preferido é o que indiquei à Sílvia.
ResponderEliminarLB, lê! Não te vais arrepender. :)
Al
Então, levou 20 anos a escrever 3 livros. Isso, acho que também consigo. Vou já começar o primeiro :)
EliminarRegistei, AL. Obrigada :)
(Quando me arrependo, desisto. Dou-lhes sempre até à página 30. É como no cinema: dou-lhe os primeiros 30 minutos. Se não me agrada, ala.)