Hoje é aquele dia dos 365 em que uma mulher dava um braço pela sua invisibilidade: o primeiro dia de praia.
Não a rala o pêlo tresmalhado, a estria fluorescente, a celulite marota, o papo inoportuno, o derrame extemporâneo. Mas a cor com que se apresenta aos demais e também aos outros, é capaz de fazer deste dia tão azul o mais temido do ano. No entanto, o tom, sendo areia, embora não possibilite que uma pessoa se torne invisível, pelo menos permite a camuflagem, bastando, para tanto, que se estenda directamente no areal. Poupa-se um braço que, de caminho, também bronzeia.
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