E, como não sei fazê-la, desta vez divido o texto para parecer que é o que não é.
Estava ali uma rosa de pano,
castanha e linda, a rosa tombada.
Era falsa, por não ser verdadeira,
e ali jazia à má sorte no passeio.
Nem as pedras da calçada a choravam,
nem o pó da terra nela se ficava,
nem a sujidade a abandonava.
nem a sujidade a abandonava.
Peguei-lhe com cautelas,
sem espinhos, ela,
sem dor,
sem espinhos, ela,
sem dor,
não a cheirei por sabê-la inodora,
não a quis para mim, por senti-la ilusória,
não acreditei nela, por vê-la castanha,
pois castanha não é rosa nenhuma sendo genuína.
Mas qui-la minha, sem a querer absolutamente,
dei-lhe casa, fiz-lhe lar.
E, amorosamente, finquei-a num vaso de pedras sem calçada,
descalçadas, descalças.
Falsas.
Coisa bonita!
ResponderEliminar:) Obrigada
EliminarA beleza da Vida está realmente no saber apreciar as pequenas coisas, os sinais que vão aparecendo no nosso caminho. Tens essa sensibilidade em ti e isso é bonito de ver e sentir. Gostei. És Linda (Blue)!
ResponderEliminarOh, qualquer dia sou conhecida na blogosfera como a que tem mais Anónimos (assim mesmo, com maiúscula — vénia) simpáticos. Não vale :)
EliminarObrigada!
Não sou a única anónima :)
EliminarMuito bom o texto. Tenho andado com pouco tempo, mas não podia deixar de comentar.
Bom fim-de-semana!
AL
Não, mas ainda assim, perfeitamente diferenciada desde o início :)
EliminarTambém cá vem Miss Curvas como Anónima, agora já são três Anónimas simpáticas!
Obrigada, AL :)
Bom fim-de-semana também