1. Um mau post num bom blog — Ou quatro ou cinco maus posts, que eu ainda sou de dar segundas e quintas oportunidades a todos os criminosos. Não é um post mal escrito, que isso toca a quase todos; é um post mau, com conteúdo que te deixa de tal maneira impressionada e irritada e desiludida, que só fechando aquela porta com estrondo e nunca mais ali voltando é que te limpas da veleidade de ali teres algum dia posto os olhinhos que hão-de ir ao forno. Já me aconteceu com, pelo menos dois blogs: um, que era excelente e, de um dia para o outro, vendeu a alma ao Diabo, passando a fazer publicidade a artigos que nem o próprio Cão acreditaria que a dita consumisse; o outro, porque escreveu tantas coisas com as quais não concordava, que saí a jacto e só aterrei noutro qualquer que não me contrariasse tanto;
2. Um blog psicadélico — Com daqueles formatos de flores brilhantes, cores garridas, selinhos de qualidade, pisca-pisca de pub, gifs e porras;
3. Um blog cheio de decalques — Não necessariamente copy-paste, que também os há (alô, Portugal!), mas um blog que se limita a reproduzir expressões e situações e temas e formatos que vai pescando noutros blogs. Haja saco para tanta falta de imaginação. Haja igualmente imaginação cá deste lado para perceber o porquê. (Porquê!?);
4. Um blog inverosímil — Em que nada bate certo, em que as descrições não podem ter ocorrido da forma como são relatadas, em que as épocas das memórias estão todas trocadas, em que a única intenção é atingir A ou B, nem que, para tanto, se inventem factos;
5. Um blog piroso — Com fotografias foleiras (não necessariamente mal tiradas, que esse nicho preencho-o eu) e assuntos mimimi em absoluto exclusivo;
6. Um blog agressivo — Em que se atiram farpas a tudo o que se considera diferente ou minoria;
7. Um blog deprimente — Em que volta e meia suspeitamos que aquele é o último post da vida do blogger;
8. Um blog com humor zero — Aqui cabem tanto aqueles que, de todo, não fazem por isso como os que, esforçando-se alguma coisa, têm piada igual a zero;
9. Um blog pseudo-erótico — Em que quem o alimenta não tem unhas para tocar aquela guitarra (sei lá se as rói), e cai rapidamente nos gifs porno, nos textos ordinários, no sexo sem classe nem arte. Arranjai outro brinquedo, pramor da santa, fooo**---se!*, como dizia uma mulher revoltada que eu vi outro dia na rua;
10. A vaidade — Aquele alçapão onde todos podemos cair uma vez por outra, mas no qual há quem resvale irremediavelmente. E não há pachorra para tanta impáfia.
* Reparem no requinte: Não era Por amor da santa, f***-se, era Pramor da santa, fooo**---se!. Acabadinha de autuar.
[Post dedicado também a todos quantos já gostaram com amor e fervura do meu blog e um dia lhes dei o turn off. Cá beijinho.]
Para mim é porem-me um psicadélico e piroso e é mesmo um turn off.
ResponderEliminarNão sei como há quem aguente. Nem de óculos de sol, que eu enjoo com imagens histriónicas :)
EliminarOlhe Linda, tudo isso e mais alguma coisa. Embora eu ache que cada um pode ter o blog que quiser, e que só lá vai quem quer. Mas, e apesar disso, é uma pena quando encontramos bons blogues que, ou acabam de repente, ou de repente passam a asneirar. Pergunto-me sempre, no último caso, qual das duas faces é a verdadeira.
ResponderEliminarBoa tarde
É verdade, noname, que cada um tem o blog que quer. Mas chateia-me descobrir um blog de que gosto à primeira vista, ou andar a segui-lo, e depois acontecer um daqueles desaires.
EliminarSe calhar, são ambas verdadeiras. Bipolaridades é o que não faltam por aí...
O que é um bom blog?
ResponderEliminarPronto, já cá faltava a pergunta para 500.000.
EliminarÉ aquele que lês e aquilo é um prazer desmesurado. Como o teu, mesmo com o palavredo. (A segunda circular é a quinta dimensão.)
Mas o prazer deve ser só do leitor, pergunto?
EliminarSabes que eu sou apologista de que o prazer é algo de muito recíproco: o teu prazer é o meu prazer, ou seja, se tu escreves com gosto em escrever, isso passa-me directamente enquanto leitora, e tenho gosto em ler-te. Se tu, enquanto escriba, sabes que me dás gozo com a tua escrita, escreves com gozo. Uma espécie de turn around, comes around, para continuar na linha dos turns.
EliminarSabes que tenho uma pequena embirração com estas coisas dos bons blogues, sobretudo ao nível dos bons posts. Se bem que concordo contigo, não posso deixar de lembrar que determinado post pode-me ter saído das catacumbas do brilhantismo e o publico achá-lo uma merda.
EliminarSou pelos segundos e terceiros regressos.
Depois logo se vê.
Já outro dia te disse que te amo (fazias anos, mas não foi só por isso), exactamente porque te vejo para lá do destravo. E é isso mesmo que dizes: também já me aconteceu arrancar um post altamente iluminado dos intestinos, e vai que passou despercebido, ou mereceu uma vaga festinha no cocuruto. E o contrário também, escrever uma bela bosta e aquilo ter tido visualizações a dar(-lhes) com um pau (nas costas).
EliminarE também dou mil oportunidades até o amor estar completamente finado. (Eu disse cinco? Algumas cem...)
Andamos muito paneleiras, credo que impressão!
Eliminar:)
Jesus, a ver se não singra nem sangra por essa internet afora uma fama de fufias! :D
EliminarAhahahahahhaha "fufias"
EliminarÉ tão mais bonito, só pelo acrescento do i... :D
Eliminariiiiiiiiii
Agora que eu estava a pensar introduzir uma néons no blog dos macacos, tu vens dizer uma coisa destas.
ResponderEliminarSugiro-te uns gifs de macaquinhos, choca muito menos e não fere as vistas :)
EliminarTu deves adorar o meu blog, então :P
ResponderEliminarOlha que não :P
EliminarDá-me trabalho a mais, e chatices que nem te passam pela cabeça.
Aliás, reconheço-lhe alguns dos defeitos que listei nos turn offs. Por isso dedico o post ao povo que já cá andou e se foi sem deixar rasto. (Eu não disse saudades, disse rasto :P)
Então o blog faz o seu trabalho. É mesmo para chatear :P
EliminarSim, dar chatices a quem o escreve. Que bonito. :P
EliminarNão não. Dar chatices a quem o lê :P
EliminarAi dou? Olha que bom. Já não me sinto tão sozinha na chatura. Cá cinco :P
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