Vinha naquela descompensação que só eu sei, o corpo a lembrar-me o não-almoço, a alma a dizer-me precisas de alimento.
Encontrei-o acabado de sair da cama, naquele que era o seu último sábado de férias. A hormona do crescimento é produzida durante o sono, e isso vê-se-lhe.
Vamos almoçar?
Ainda não almoçaste?
Não, e tu?
Sorrimos, iguais, pergunta inútil sem resposta útil a quem vem de dormir uma noite tão longa.
Almoço a desoras, vamos ao que há.
Ensina-me a fazer arroz.
Ensino. Começo por deitar o arroz no fundo do tacho.
Queres um ovo?
Quero.
Como um pequeno pedaço de peito de frango — de que não gosto, mas me sabe a mel —, o ovo que ele cozeu e descascou para mim, e me sabe a chocolate —, salto o arroz que ensinei fazendo, e decido que não quero mais nada — estou absolutamente satisfeita.
Vamos repartir uma meloa?
Vamos.
Afinal, ainda havia lugar para mais um pouco de felicidade.
:)...
ResponderEliminarÀs vezes, mais importante do que aquilo que se come, é a companhia, não é? Coisas pequeninas ;)
É quase sempre, não deve ser por acaso que as famílias se reúnem à mesa :)
EliminarQue acabam por ser enormes :)