No primeiro dia, chegámos atrasados, por culpas do GPS, aquela coisa que nos induz. Já não pude enfiar-me no charco, dado que havia um jogo, olhem, que lamento nem saber o resultado, mas isto foi tudo seguido e um grande stress. O calor assassinava e assava uma pessoa, não necessariamente por esta ordem.
Dali fui levada para um barco, a dar uma volta. Já tinha conseguido não enjoar no carro, pelo que esperava, ao menos, enjoar no mar. Mas acho que estou a perder qualidades. Apesar dessa constatação, foi muito giro: há muitos anos que não andava de montanha russa (o mais próximo que estive disso foi ter andado na roda gigante há uns meses, em Cascais, que eu também não me meto em qualquer feira popular), e aquela saída do catamarã até entrar no mar a sério foi muito entusiasmante para quem gosta de testar os limites do seu ouvido interno. Comi que nem uma lontra e não bebi álcool (mais porque me fui enfiar na parte de cima — que tem um nome, mas agora não me ocorre — armada em Kate Winslet, e as bebidas serviam-se lá em baixo). Ainda imbuída do espírito da nação, fotografei a bandeira do pavilhão (isso sei porque estudei Marítimo, e ficou-me).
Também fotografei o pôr do sol, porque sou um nico parola e não resisto. Fica-me mais barato do que comprar um postal ilustrado, e acho que é isso que me move.
O regresso foi ainda mais tortuoso, mas eu estava empenhada em autodesiludir-me, e cheguei a terra impecável, fora aquilo de a maresia de esmerdar o cabelo e ter ficado a parecer não sei o quê. Antes ter chamado o Gregório, mas não sou eu que escolho.
No segundo dia, mandaram-me jogar um jogo/desporto, que dava pelo nome de futegolf, e que se processava num campo de golf, passe o pleonasmo. Deram-me o volante de um carrinho daqueles de levar tacos e bolas, e eu colidi imediatamente com o veículo da frente, à estonteante velocidade de seis à hora, ou assim. Só foi chato pela guinchadeira que provoquei, uma vez que se deu ali um choque em cadeia, por o meu carro ser o último e ter alguns dez à frente, em comboinho.
Quando fui jogar com a equipa que me calhou na rifa e mais quatro adversárias, já fazia tanto calor e o campo era tão grande, que as convenci a fazer batota e a meter as bolas nos buracos (chiu), aldrabando a pontuação toda. Ainda agora estou para perceber como é que elas alinharam nisto sem pestanejar, uma vez que acabaram por nos oferecer o primeiro lugar do torneio todo. Até trouxe uma medalha, que pesa cornos, e não posso usar ao pescoço no dia-a-dia, sob pena de ficar marreca ou deslocar os discos.
Depois de almoço, fui sujeita a um treino de flash mob, em que as minhas sugestões de coreografia foram todas aceites com entusiasmo, mas só enquanto fui eu a dançá-las, já que, de seguida, isso não dá, que não conseguimos decorar o esquema em tão pouco tempo, ora batatinhas, ficou uma coreografia que até uma múmia do Egipto era capaz de dançar com mais ritmo. Enfim, sou uma incompreendida em todos os sectores, agro-pecuário incluído.
Após uma breve passagem pela piscina, que me parecia mais uma miragem do que um tanque, fui mascarar-me de marroquina, já que ia para uma festa temática subordinada ao tema. Vi um (acho que era só um) camelo, que também podia ser um dromedário, e vi bailarinas da dança do ventre, que vieram confirmar a minha teoria de que, para se dançar aquilo como deve ser, é preciso ter uma pancinha razoável.
Determinei-me a ir aprender mais essa modalidade, mas terei que equacionar muito bem o que é que quero desta vida, ali na zona da posta: ventre liso (ginásio) ou gelatina feliz (dança do ventre). Não posso ter as duas, a menos que use um postiço ou defeque para o assunto.
Estou tão cansada destes dois dias, que preciso de uma semana de férias para recuperar.
Adeus, e obrigada por não terem perguntado por mim, nem se questionado se eu estaria viva, ou acabado com o blog.
Cá beijinho.
Dali fui levada para um barco, a dar uma volta. Já tinha conseguido não enjoar no carro, pelo que esperava, ao menos, enjoar no mar. Mas acho que estou a perder qualidades. Apesar dessa constatação, foi muito giro: há muitos anos que não andava de montanha russa (o mais próximo que estive disso foi ter andado na roda gigante há uns meses, em Cascais, que eu também não me meto em qualquer feira popular), e aquela saída do catamarã até entrar no mar a sério foi muito entusiasmante para quem gosta de testar os limites do seu ouvido interno. Comi que nem uma lontra e não bebi álcool (mais porque me fui enfiar na parte de cima — que tem um nome, mas agora não me ocorre — armada em Kate Winslet, e as bebidas serviam-se lá em baixo). Ainda imbuída do espírito da nação, fotografei a bandeira do pavilhão (isso sei porque estudei Marítimo, e ficou-me).
Também fotografei o pôr do sol, porque sou um nico parola e não resisto. Fica-me mais barato do que comprar um postal ilustrado, e acho que é isso que me move.
O regresso foi ainda mais tortuoso, mas eu estava empenhada em autodesiludir-me, e cheguei a terra impecável, fora aquilo de a maresia de esmerdar o cabelo e ter ficado a parecer não sei o quê. Antes ter chamado o Gregório, mas não sou eu que escolho.
No segundo dia, mandaram-me jogar um jogo/desporto, que dava pelo nome de futegolf, e que se processava num campo de golf, passe o pleonasmo. Deram-me o volante de um carrinho daqueles de levar tacos e bolas, e eu colidi imediatamente com o veículo da frente, à estonteante velocidade de seis à hora, ou assim. Só foi chato pela guinchadeira que provoquei, uma vez que se deu ali um choque em cadeia, por o meu carro ser o último e ter alguns dez à frente, em comboinho.
Quando fui jogar com a equipa que me calhou na rifa e mais quatro adversárias, já fazia tanto calor e o campo era tão grande, que as convenci a fazer batota e a meter as bolas nos buracos (chiu), aldrabando a pontuação toda. Ainda agora estou para perceber como é que elas alinharam nisto sem pestanejar, uma vez que acabaram por nos oferecer o primeiro lugar do torneio todo. Até trouxe uma medalha, que pesa cornos, e não posso usar ao pescoço no dia-a-dia, sob pena de ficar marreca ou deslocar os discos.
Depois de almoço, fui sujeita a um treino de flash mob, em que as minhas sugestões de coreografia foram todas aceites com entusiasmo, mas só enquanto fui eu a dançá-las, já que, de seguida, isso não dá, que não conseguimos decorar o esquema em tão pouco tempo, ora batatinhas, ficou uma coreografia que até uma múmia do Egipto era capaz de dançar com mais ritmo. Enfim, sou uma incompreendida em todos os sectores, agro-pecuário incluído.
Tive bastante pena do animal, e rezei para que largasse coice em todas as direcções menos na minha, mas Alá não esteve comigo, para variar. |
Esta foto é de quem sabe fotografar. A cadeira era fundamental no enquadramento, ok? |
Estou tão cansada destes dois dias, que preciso de uma semana de férias para recuperar.
Adeus, e obrigada por não terem perguntado por mim, nem se questionado se eu estaria viva, ou acabado com o blog.
Cá beijinho.
Mas um camelo não é um dromedário com duas bossas?
ResponderEliminarE um dromedário não é um camelo só com uma?
Assim como assim viste um bicho desses...
Pois, mas aquele tinha as costas tapadas, portanto dava para tudo :)
EliminarPosso então afirmar que vi os dois. Eu bem me parecia que era mais do que um camelo...
Não disse nada mas senti-te a falta. Ninguém (vá, quase ninguém) me faz rir todos os dias como tu.
ResponderEliminarTu és linda e querida, Be.
EliminarBuuu para quem não sentiu a minha falta.
Chuif.