que deve ser o maior chato da nossa radiofonia, com aquele teminha recorrente dos cromos e do quão bons foram os anos 80. É que não. Foram. Quer dizer, foram porreiros, a música era o melhor que havia nos anos 80, porque a roupa era de bradar aos céus, os cabelos com as palas à Bonnie Tyler eram de fugir e o país estava numa miséria tão grande quanto a actual, só que a achar que a CEE é que nos ia salvar. Hah, doces tempos e ilusões. Mas já cansa, por demais, tanta idolatração a uma década que o que teve de melhor foi o pop rock made in USA.
Quando tínhamos dores do período, tomávamos uma droga que os laboratórios Sandoz fabricavam, de seu nome Optalidon, que era mesmo fantástica. Tirava-nos as dores em poucos minutos e, nas raras vezes que falhava, tomávamos um segundo Optalidon, que nos adormecia as dores e a cabeça. Desconheço se alguém se tornou viciada em Optalidon, se enveredou pelas drogas por causa do comprimido cor-de-rosa (nem de propósito), ou se alguém, algum dia, tomou uma overdose dele. Que ele desapareceu e, com ele, os laboratórios Sandoz (pelo menos, naquele registo), é um facto. Que as dores do período continuam a existir no mundo, lá isso é outro facto. Que este texto poderia servir para o Markl aumentar a caderneta dele, é a questão. Depende se alguém lhe faz chegar a dica. Eu não serei porque, não sei se já disse, o Markl aborrece-me...
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