06/10/2013

Mas onde é que eu me vim meter?

Cada vez mais frequentemente pronuncio esta frase, nem que seja mentalmente. No curto espaço de 17 horas, pronunciei-a, pelo menos três vezes, por três motivos diferentes. Note-se que, dessas 17, passei 8 a dormir, pelo que - acho eu que - em sonhos não devo ter passado por nenhuma situação de "Tirem-me daqui!"

Sit 1 - Meti-me na Feira da Cosmética, lá para a Expo. Para esquecer. Desorganizado, confuso, estranho, claustrofóbico, exageradamente voltado para profissionais (a menos que uma pessoa queira comprar uma máquina de lipocavitação - wtf? - por 700 ou 800 euros, para ter em casa). Metade dos stands eram de unhas e nail art, que é uma porra que me ultrapassa. O gel, o gelinho, as postiças, quadros e aguarelas metidos nas unhas, o forno, o ultrabrilho, as mil e quinhentas cores e tons, o baço, o opaco, o brilhante, so-co-rro. Levei duas meninas, uma delas quis pôr uma rasta na cabeça, eu não concordo, mas quem sou eu? Ela é nova e gira, pode fazer o que lhe apetecer, vai sempre ficar nova e gira;

Sit 2 - Ocorria não sei que corrida de bicicletas - da EDP, acho - lá para os mesmos lados, pelo que não havia lugares para estacionar, a não ser no piso - 3 do Vasco da Gama. Aí vai disto, que para baixo tudo bem. Para cima, comecei a suar logo no - 3, porque já sabia o que me esperava. Com o parque cheio daquela maneira, a saída ia ser uma sauna de chumbo e fumos. Do - 3 para o - 2, sem história, do - 2 para o - 1, idem. No - 1, depois de passar as cancelas, começa a rampa de saída que, não bastante ser inclinada, ainda é em curva e às escuras. E estava cheia de carros, pelo que há que embraiar e bem. O meu boi é um maricas que só embraia muito cá em cima, pelo que é preciso ser muito rápida a passar do travão ao acelerador sem ele descair ou ir abaixo. Eu usei o travão de mão, mas o cabrão foi-se abaixo na mesma. Eu suei. Devo ter chegado a rezar. Todos os carros que estavam à minha frente desapareceram, e todos os que estavam atrás de mim temeram que eu os esmagasse. Um apitou. Apeteceu-me chorar. Aquilo só descaía e não andava. Até que o acelerei à gajo de Chelas e aquilo subiu a rampa de uma só vez, embora ache que metade da embraiagem faleceu naquele bocado. Que se lixe, atingi a superfície;

Sit 3 - Hoje de manhã fui correr. Acho que não vou desenvolver este tema. Tudo me grita que volte para a dança. 

3 comentários:

  1. A minha frase preferida é: Cristo, porque me sujeito a isto?

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    1. :-) podes crer. Também há uma parecida, que é "Cristo, anda cá abaixo ver isto" (ainda na senda dos ditados populares ;-) Mas é mais para cenas de horror. Como a que vivi logo no dia seguinte. Ainda venho aqui contar o meu almoço de segunda-feira, com duas velhas, dois maluquinhos e uma que não percebi. Portanto, ainda não tinha tido doses suficientes de "mas onde é que eu me vim meter?" e ainda me fui oferecer para aquilo. Ninguém merece.

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    2. Ninguém merece MESMO!

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