Como ontem não estava nada cansada quando cheguei a casa, que isto de labutar em um armazém de cargas e descargas é uma pêra doce, ainda resolvi despencar-me para a mercearia, que fica a uns belos quatrocentos metros de casa. Como não estava um calor de ananases, resolvi ir a pé, de saltos altos, pois claro. Como nem suspeitava que ia lá comprar fruta e como nem sei que, quando vou comprar fruta, perco totalmente a cabeça e a noção do ridículo, nem era previsível que viesse carregada que nem uma mula. Ainda assim, fui a pé. Já disse, não já?
Quanto às maçãs e aos pêssegos (de duas qualidades) que trouxe comigo, nem digo o peso dos cabrões. O problema foi ter-me lá encantado de amores por uma metade de melancia, que se estava a rir para mim, a puta. Eu bem olhei para ela e até disse em voz alta "Vamos lá a ver quem é que ri por último". Peguei nela e trouxe-a comigo. A velhaca pesava cada vez mais, à medida que eu me ia aproximando de casa, qual São Cristóvão com o menino ao colo. Era mesmo o que eu lembrava, mas em toda suada e de saltos altos, a inchar toda. Só quando cheguei e vi o peso da coisa na etiqueta é que percebi: 2,800 Kg de melancia, e era só uma metadezinha. Riu-se ela por último? Nááá. Eu, a papá-la. Ou ela, se me der a caganeira. Ou eu, se ficar mais magrinha. O que é que é "o último", neste ditado?
Agora vou ali ao lado ao we heart it gamar uma imagem fofona, que isto não pode ser só agruras e pesadelos.
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