25/07/2013

Doninhos, morrei

Dia sim, dia não, acho-me farta de doninhos da verdade, de sabichões de tudo e de mais alguma coisa, designadamente daquilo que desconhecem, do que não sabem porque nunca viveram, do que condenam sem conhecer, mas porque, e principalmente, os bitates lhes trazem os quinze minutos de fama, os cinco segundos de atenção de que tanto precisam para sobreviver na sua ribaltinha auto-proclamada, saem para a praça pública a opinar, a julgar, a sentenciar sem bases nenhumas, sem lei alguma, sedentos de briguinha, de resposta e contra-resposta, de proferir as suas opiniões baseadas em nada, a não ser na sua necessidade de obrigar os outros a ouvir, a acatar, a jamais contestar, sob pena de caírem na desgraça de a birra se prolongar e, em praça pública, ainda terem que ser confrontados pelo dedinho espetado e pela imensa vaidade que cega os doninhos da verdade. É que já nem um pingo de comiseração me sobra para esta espécie. Era não existirem, de todo.

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