Entra uma mulher no metro a gritar, mas tanto e tão alto que se sobrepôs aos meus auriculares, que já de si têm o volume próximo do máximo: "Ajudem-me! Eu preciso de comer! Dêem-me qualquer coisinha para eu poder comer uma sopinha! Ai que vergonha ter que andar a pedir para comer!"
Entretanto, de lata na mão. E os gritos a transformarem-se em choro sem lágrimas, uma ladaínha muito carpideira: "A miséria é uma coisa tão triste! Ai, eu preciso de comer, tenho tanta fome!"
Único. Pensamento. Que. Consegui. Alinhavar:
Cala-te. Caralho.
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