14/06/2013

Espera. Afinal isto é um zoo


A semana passada tivemos um rato no estabelecimento. Apareceu uma bolacha roída de forma indiscutível. Eu alertei as entidades com competência genérica que, por sua vez, alertaram a entidade com competência específica, ou seja, o caça-ratos. Accionado o procedimento, o cadáver surgiu dentro de uma caixa, que mais não é do que uma ratoeira moderna (com luz e tudo, que se acende mal o animal lá bota as patas dentro), passado um dia ou dois. Eu tive pena, as mulas ainda gozaram quando perguntaram se eu me queria despedir do rato. Obriguei o senhor ratoeiro a abrir o saco para eu ver o corpo e disse a coisa mais estúpida que algum dia disse na vida: Ai coitadinho, era mesmo um passarinho. Ora, atendendo a que me morreu um passarinho há cerca de um ano e eu ainda não recuperei, a exclamação fazia todo o sentido, já que associei as duas mortes, logo, as duas imagens. De resto, estava tolhida de culpas, por ter sido eu a dar o alarme.

Hoje entrou uma borboleta da traça em outra sala que não a minha, deste lugar. O jovem sem pêlos no peito, que é também menino para lançar cerca de 1,90 metros de comprimento, teve um acesso de nervos, saiu a correr e tropeçou num dossier* que estava no chão, por um nadinha não aterrou em cima de mim. 

LP - A sério, [jovem sem pêlos no peito], o que é que te falta?

JSPNP - Não viste o bicho? Enooorme!

LP dirige-se à porta de varanda em questão, quase a coçar os tomates que não tem, abre-a e solta a borboleta (olha, gostei desta imagem. Vou anotar para chapar no best seller).

LP - Podes dizer que te salvei a vida, de seres comido por um passarão.

JSPNP - Passarão, não, mas era um besouro.

LP - Borboleta. Da traça. [DURP]

*dossier, sim, nas minas também se colocam dossiers no chão, para quando estas princesas têm os achaques poderem tropeçar à vontade.

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