24/08/2021

Runnin’ With the Devil

(Título só para chamar as freguesas. Já lereis porquê.)

Numa matemática muito de cabeça, não de, mas com vento — sobretudo neste Verão, que se tem revelado  ciclónico! —, algo ponta do lápis, se aqui a Obikwela albina correr mil metros por dia, todos os santos, ao fim de um mês terá corrido trinta — ou trinta e um, ou ainda vinte e oito, tudo dependendo de em que mês se encontra — quilómetros no final de cada mês, certo?

Isto vem a propósito de no domingo ter ido dar uma sprintada pelas vielas, becos, ruas e avenidas, ter levado uma hora para percorrer seis quilómetros e meio, e ter chegado com a língua nos pés, que só mesmo se me tivesse sido dada oportunidade de fazer uma birra daquelas de punhos e pés no chão, é que teria encontrado algum alívio. Se AC (antes do covid) já fazia sete quilómetros sem um esforço de registo, DC (deduz-se) chego ao terceiro quilómetro e já me custa um horror carregar os cornos. (E chiu, cansei da frase “É uma recuperação muito lenta”. Tenho uma amiga que, rigorosamente todos os dias, me enviou, enquanto internada na “enfermaria das sugar babies” — nome pelo qual, obviamente, os médicos denominavam a enfermaria onde se encontrava aqui a boneca — uma mensagem com essa sentença). Mas vá que um dia volte aos sete semanais: são cerca de vinte e oito/ trinta por mês. Mais vale ir todos os dias, então. E, se me cansar muito, corro quinhentos metros de manhã e quinhentos à tarde. Ou duzentos metros cinco vezes por dia. Ou cem metros dez vezes por dia.

(Está a ir bem, minha matemática?)

Vai haver um dia em que corro dez metros, cem vezes por dia. No lar. (Nem preciso de me equipar.)

2 comentários:

  1. Caramba, que se prepare o pessoal técnico do lar, vai dar-lhes que fazer:)
    ~CC~

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    1. Até vou :D
      Mas entendamos "lar" numa acepção bastante vasta, onde caiba a minha casa :)

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