19/06/2014

Vou ter um trono novo, assim como Felipe VI, olé!

(porque há muito tempo que não se fala de cocó neste buraco)

Foram muitos anos a usar o mesmo trono. Mais de duas décadas de cagadelas das boas, pelo menos na parte que me toca, felizmente, que graças a Deus ou à boa genética (obrigada, mamã, obrigada, papá, aquela noite - se é que fui concebida de noite - correu mesmo bem), ou só a um mero acaso, nunca tive problemas da tripa, nem de durezas de parto difícil, nem de molezas constrangedoras, sequer de cólicas de fazer parar o trânsito, a vida, tudo, pára tudo que eu vou cagar. Pois que não. Uma lady na retrete, uma louca na mesa (na cama também, as duas coisas). Olho para a sanita, a ser arrancada das entranhas onde o construtor da casa a pôs, velha, rachada e cansada, e quase me verte uma lágrima do olho. Eu ligo-me emocionalmente às coisas, e esta é uma das tais com a qual tenho uma ligação visceral, quase literalmente falando. Muito de mim, muito do meu interior, ali ficou. Tarolos maiores, tarolos mais pequeninos, mas sempre bons tarolos por ali passaram. E, no entanto, não vejo a hora de estrear o trono novo e começar com ele uma vida nova. Uma vida de merda, é certo, mas uma vida muito nossa. E muito íntima.



4 comentários:

  1. Felicidades para esta nova etapa da tua vida :D

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    1. Obrigada :D
      Neste momento, ainda não posso gabar-me de ter estreado a peça. Quando acontecer, é possível que, estando em condições para o fazer, aqui relate como tudo se processou.

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    2. Força nisso, fico à espera do relato :D

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    3. [Ihh... ehh... ihh...] já está :D

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