tag:blogger.com,1999:blog-4258051922846575489.post2725739447013347988..comments2023-08-19T12:20:28.894+01:00Comments on linda blue: Ela fala tanto # 19linda bluehttp://www.blogger.com/profile/14127533587817702466noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-4258051922846575489.post-51068037326073762542017-11-13T17:47:34.567+00:002017-11-13T17:47:34.567+00:00E muito me admira também que assim seja. Ela é a p...E muito me admira também que assim seja. Ela é a primeira de quatro filhas, de uma família de classe média-baixa (pai estivador, a ganhar muito bem na época em que todas eram pequenas, mãe doméstica), que se fez à vida aos 16 anos, apenas com o 4º ano, arranjou trabalho e juntou-se com o namorado, o mesmo com quem vive actualmente. Trabalhou sempre, sustentou-se sempre, grande parte dos primeiros trabalhos sendo explorada em termos de carga horária, tarefas e, claro, financeiramente. Mas nunca a vi virar costas a trabalho. Na minha casa está há vinte anos, e está para ficar. Pode não ser um primor (e quem é?), mas posso deixar-lhe ouro em pó em cima dos móveis, que ela não mexe (quanto mais não seja porque não gosta de limpar o pó. Ok, it was a joke :)). Pude sempre deixar-lhe os filhos, mesmo recém-nascidos, e sair tranquila. Isto não tem preço. E é esta pessoa que formata uma calona daquelas...<br /><br />(Logo a mim, que devia ter como título no blog "Pardon my french"...? :))linda bluehttps://www.blogger.com/profile/14127533587817702466noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4258051922846575489.post-53709494356540639622017-11-13T17:33:13.709+00:002017-11-13T17:33:13.709+00:00:) sem dúvida... e eu concordo contigo.
Há uma g...:) sem dúvida... e eu concordo contigo. <br /><br />Há uma grande falha cultural nessa camada da sociedade e o "entitlement" que a filha tem não é normal. A educação que recebi, o ter que deixar a escola a meio para ajudar em casa e o meu percurso profissional conquistado "a pulso" depois disso são exemplos de que é possível sair dessa situação, se tivermos os exemplos correctos e os soubermos seguir - não basta reconhecê-los, há que ter a vontade de os seguir - e que claramente essa filha não o faz. <br /><br />Culpa do sistema educativo, da educação que tem em casa e de uma mãe que quer poupar os filhos de sacrifícios e lágrimas. Pensando que os protege, acaba por expô-los de uma forma perigosa. <br /><br />(perdão pelos estrangeirismos e perdão pelo meu Português - ando em viagem há umas semanas...)<br />Solteirohttps://www.blogger.com/profile/13853892373947518367noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4258051922846575489.post-29637793760758374122017-11-13T17:18:58.010+00:002017-11-13T17:18:58.010+00:00Que grande (grandiosa) resposta, Solteiro. Obrigad...Que grande (grandiosa) resposta, Solteiro. Obrigada.<br />No fundo, a minha "crítica" (mais sob a forma de pasmo) é o tipo de formação que ela está a dar (ou já deu, visto que a rapariga tem 21 anos) à filha — que não sente a mínima necessidade de trabalhar, quanto mais não seja naquilo que a não formação lhe deu: a limpar a casa dos outros, como a mãe. O que lhe transmitiu foi que ela está guardada para muito melhor, sem ter feito o mínimo esforço para que isso acontecesse. <br /><br />Não comparo sequer com os meus filhos, porque eles são o fruto de várias outras premissas que, "à partida", não existindo, tornariam esta "discussão" inútil, por não ser sequer possível fazer uma analogia.<br /><br />Obrigada outra vez :)linda bluehttps://www.blogger.com/profile/14127533587817702466noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4258051922846575489.post-22322102362669593662017-11-13T15:49:04.976+00:002017-11-13T15:49:04.976+00:00Vindo de uma família de 7 a viver num T2 em que, m...Vindo de uma família de 7 a viver num T2 em que, muitas noites, a minha mãe nem comida tinha para por na mesa, este tipo de histórias tocam-me de uma forma particular. <br /><br />Infelizmente as pessoas não escolhem de forma consciente estar nesta situação e o sentimento de auto-culpa é avassalador. Não se trata de um creme para pés ou de referir que compram ténis de 70€ quando não têm o que comer: trata-se de tentar relatar algo que alguém "normal" pode fazer, evidenciar detalhes que aos olhos dela são de pessoas "normais" para se sentir integrada e não perder mais uma amiga. <br /><br />Esta é uma mulher que luta com todas as forças que tem e não sente que tem a força necessária para fazer as mudanças radicais que a poderão realmente ajudar. Essa consciência virá a tempo, mas não agora. <br /><br />É algo muito íntimo, este medo muito corrosivo (o chamado peer-pressure) que leva a que milhares de famílias nessa situação se calem, não procurem a devida ajuda e se endividem mais e mais, até romper a barreira e que percam tudo. <br /><br />A cultura e a (falta de) educação das nossas instituições também não ajudam... <br /><br />Fica a minha opinião, com base apenas no que li e no meu passado :) Solteirohttps://www.blogger.com/profile/13853892373947518367noreply@blogger.com