No posto de abastecimento Tangerina (GALP) ao pé do liceu francês, se o contribuinte quiser uma factura, a coisa processa-se da seguinte maneira:
1. Pára o carro junto da bomba escolhida.
2. Entra na loja.
3. Diz ao que vai e pede factura.
4. É obrigado a preencher uma ficha de cliente com vista à obtenção da factura - primeira ilegalidade, primeiro obstáculo para vencer o contribuinte pelo cansaço.
5. Paga.
6. Não lhe é passada a factura neste momento - segunda ilegalidade, segundo obstáculo para vencer o contribuinte pelo cansaço. Independentemente de já ter abastecido ou não, já pagou, a factura é-lhe devida neste momento. Pode ser um excêntrico, que só quer pagar combustível e ir-se embora sem abastecer, que ninguém tem nada a ver com isso. Comprou a gasolina, comprou o gasóleo, pode usar a puta da mangueira para o que lhe der no ginete, desde regar-se à doida, a beber tudo o que pagou ou fazer dela outro uso qualquer ainda mais prosaico, com direito a rega no final e tudo.
7. Sai da loja.
8. Abastece (se lhe apetecer).
9. Entra na loja.
10. Recebe a factura - porque não é um contribuinte fiscal. Porque é um cliente Tangerina. Se não, não recebia.
É claro que isto não se passou comigo, senão era directamente tratado. Assim sendo, lá terei que mandar um mail para as Finanças, que eles também hão-de gostar de saber que eu continuo viva sem ser pelos recibos/factura de ordenado que todos os meses lhes enfio no abastecimento.
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